Ingratidão!!!

Francisco Theisen

Em tempos natalinos e pascais, precipita-se ao nosso convive-o a gota reflexiva de nosso interior desprendida, sugerindo-nos uma analise conjunta, natural e necessária sobre o que deles entendemos e sobre o que fazemos humanitariamente em tais ocasiões para nos aproximarmos das coisas Divinas.

Isto por si só já se configura uma ingratidão, uma vez que o Criador máximo de todas as coisas enviou seu filho para edificar em prol do acendimento da luz na escuridão de nossas almas, em permanente presença física ou espiritual, ao passo que de nós, só recebe a “devida” atenção quando tocados pelos ventos felizes das comemorações.

Apesar da iluminação vinda do céu ser real e palpável pela ação da fé, nossa cegueira moral e inraciocinamte nos impedem de enxerga-la perfeitamente. É a ingratidão acrescida do descaso a nos transformar em simples bonecos alegres ou tristes segundo o índice da bolsa de valores ou do bom clima do fim de semana.

Isso me faz lembrar que a ingratidão é sem duvida o mais doloroso golpe no coração e na alma de uma pessoa mesmo que ela negue por inúmeras razões.

Triste é o olhar interior a transbordar ao externo a lágrima sofrida por alguém que ama e não se vê reconhecido em seu sentimento.

Do mesmo modo é melancólica e dolorida a expressão facial de alguém assolado pelo escaldante e insensível sol do inexistente sentimento de gratidão.

Numa definição simples e ilustrativa, creio ser a ingratidão o ato de por os pés em movimento ligeiro na fuga da escuridão, até o ponto em que a claridade é a certeza, tendo deixado para traz o devotado irmão que sempre estendeu a mão amiga com generosidade de uma luz acesa.

Se perceberes que a ingratidão o tomou de assalto e o fez refém desta angustiante situação, corra contra o tempo busque corrigir com humildade e carinho tamanha injustiça. Tenho certeza de que tua ação corretiva será recebida com todo o amor por quem o ama.